quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sorriso de Mona Lisa - Análise do filme


O Sorriso de Mona Lisa é ambientado nos anos 50. Mais precisamente em 1953, quando começa a história de Katherine (Julia Roberts) uma professora que se muda da Califórnia para o campus respeitado e conservador da Faculdade de Wellesley, na Nova Inglaterra, para lecionar história da arte. Entusiasmada e cheia de idéias, Katherine não sabia que iria encontrar no novo emprego toda uma linhagem de alunas inteligentes, cultas, letradas... mas que tinham como objetivo de vida unicamente casar com um bom partido e levar uma vida fútil. O conflito entre alunas e mestra é imediato e inevitável. De um lado, uma mulher determinada, até certo ponto liberada, e confiante nos novos destinos da condição feminina. Do outro, dezenas de “pré-peruas” prontas a entrar na alta sociedade e sem nenhum vislumbre profissional. Katherine na sua atuação revolucionária, contra o machismo e os preconceitos de uma sociedade conservadora, começa então encorajar suas alunas a pensarem por si mesmas a agirem de forma mais crítica quebrando valores e tabus de uma classe dominante e mesquinha. Com isso gera um choque com a direção da escola (personagens coadjuvantes bem construídos, e uma impecável reconstituição de época).

Um ponto que achei muito importante na mensagem do filme, que difere bastante das atuais condições de ensino público no Brasil, é o fato de mostrar que professores atuantes, com objetivos esclarecidos e crentes de seus ideais, podem mudar não só a vida de seus alunos dentro da escola, como influenciar fora dela. A atitude da professora de artes que Julia interpreta, é uma mulher com vontade de lecionar, não somente a matéria em que aplica, mas também lições de vida, busca pelos ideais, vontade de fazer um mundo melhor, mais justo !!!.....acredito que muito do que falta nas escolas e em outras áreas profissionais é esta gana de viver e passar de positivo que se tem de melhor...pensando num todo e não somente em si próprio!!!!