quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estudo 3 Análise do filme

Os Fantasmas de Eastside

Convidado por seu amigo Frank Napier, Joe Clark assumi a diretoria do colégio Eastside em Paterson, Nova Jersey em setembro de 1982. Os problemas encontrados por ele não são poucos.
Considerado o pior colégio da região, com altos níveis de violência, consumo e tráfico de drogas, guerras entre gangues, depredações, o colégio perdeu toda sua base como instituição de ensino.
Os alunos, de maioria negra e hispânica, não têm a menor expectativa de futuro. Apenas como operários na melhor das hipóteses.
A maioria dos professores, desmotivados e assustados.
Eastside não atinge as metas básicas do exame educacional estadual.
O sr. Clark então inicia sua “missão de salvar” o colégio e os alunos.
Extremamente arrogante e autoritário, o diretor usa de métodos pouco ortodoxos para resolver os problemas da instituição. Dizia: “Se não há disciplina, há anarquia. Uma boa cidadania demanda atenção para responsabilidades como bem e como direito”.
Nesse processo, acaba por causar a revolta de alguns membros da sociedade, que acreditam que ele esteja colocando em risco a vida dos alunos ao tomar certas atitudes.
É interessante uma análise na postura que o diretor assumi, um homem de forte personalidade que acredita que a única maneira de resolver os problemas do colégio Eastside é com pulso firme.
Existe o atrito com os professores e outros funcionários, os quais ele julga muitas vezes incompetentes e responsáveis pela atual situação. Impõe suas vontades, discute e repreende professores e alunos.
Chega extremos de demitir alguns professores que o contrariam nos objetivos de ensino traçados.
Porém, acaba compreendendo que é com a colaboração de todos que esse objetivos serão melhor atingidos.
Em sua primeira semana, 300 foram expulsos por vandalismo e posse de drogas.
O diretor passa a chamar seus alunos de “meus fantasmas”, porque é a maneira como o Estado trata a instituição, como se não exitisse.
A forma que trata os alunos, embora severa em certos momentos, demonstra também o carinho e o apreço que tem por cada um deles, visível quando procura as causas dos problemas desses garotos e garotas em suas vidas particulares, auxiliando-os.
E nesse momento, quando ele passa a demonstrar que acredita no potencial desses alunos e a dar-lhes esperança, faz com que acreditem neles mesmos e em uma outra expectativa de futuro, ganha sua admiração e agradecimento.
Meu Mestre, Minha Vida é um filme de 1989, que conta a história verídica de Joe Louis Clark.
A realidade apresentada no filme não é muito diferente da realidade de boa parte das escolas brasileiras: comunidades pobres, grupos sociais excluídos, violência, depredação e as drogas.
É com esse ambiente que a maioria dos futuros professores vai se deparar.
Os métodos tomados por Joe Clark podem, inicialmente parecer extremos e equivocados, (como a expulsão dos alunos mais problemáticos) porém as ações educacionais e projetos juntamente com o empenho dos professores, compromissados com essas mudanças, trazem uma nova perspectiva a esses alunos.
Mas cabe-nos como esses futuros educadores, buscar maneiras de para mudar essa realidade. Cabe-nos não permitir que nossas crianças tornem-se mais fantasmas, como os de Eastside High School.


Título: Meu Mestre, Minha Vida (Lean on Me)
Gênero: Drama
País: Estados Unidos
Ano: 1989
Diretor: John G. Avildsen
Elenco: Morgan Freeman, Beverly Tood, Robert Guillaume, Allan North e Lynne Thigpen

Thiago Teixeira de Magalhães
RA: 06325591