sexta-feira, 2 de novembro de 2007

METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (5º grupo)

No mundo moderno e globalizado do século em que vivemos, as escolas estão formando protótipos “robôs”, alunos ensinados por meios de apostilas com respostas das perguntas no próprio verso, sendo acomodados a cumprirem metas, regras, memorizando algo que será repetido por algumas vezes e após isso, deletado de seu conhecimento.
Devido o mundo esta cada vez mais complexo em relação ao mercado de trabalho, as pessoas estão se privando do conhecimento, correndo atrás somente do necessário para o momento, se especificando mais nas profissões, tornando-se cada vez menos eficientes, eficazes, não conseguindo solucionar problemas de modo geral, desaprendendo a aprender.
A metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas, ABP, no texto de Marilda Aparecida Behrens, aponta uma visão de ensino já utilizada desde a Grécia antiga, porém esquecida, defendida por Dewey e Kilpatrik, propiciou aos alunos atividades educativas que requerem participação individual e do coletivo, obtendo senso crítico e reflexivo, gerando a oportunidade de conviver com opiniões diversas, formando cidadãos com visão de totalidade, capazes de concordarem ou não com o que lhe é colocado, julgando e buscando melhorias para o meio em que se encontra sendo mais humano, ético e sensível.
As abordagens pedagógicas instigam o diálogo e discussões coletivas entre professor e aluno, podendo trocar informações para melhor concluir um conceito.
Nesta metodologia é colocada aos alunos uma proposta (“problema”), onde eles são incentivados a estudar, pesquisar, sondar outras opiniões e mídias, aprendendo e compreendendo o estudado, dessa forma, eles atuam, argumentam, problematizam, buscam o coletivo e concluem o processo com o conhecimento absorvido.
Hoje, a pró-atividade está em alta, pessoas capazes de resolver problemas não somente em áreas específicas, com capacidade de discernir, compreender, investigar e agir, estão sendo procurados, buscando reduzir tempo e capital para a resolução dos problemas.
O método de problematização foi também proposto pó Paulo Freire, na década de 60, onde ele acreditava no desenvolvimento das pessoas apenas por seu esforço, criando autonomia e independência, sendo incentivada pelo meio ou por outros, e não obrigada por uma força maior em forma de ameaças como: pontuação escolar ou um futuro próximo. O aluno é desafiado, provocado a buscar respostas por não conhecê-las, fazendo-o aproximar da realidade, podendo escolher as possíveis soluções encontradas.
Não existem grandes regras nem impedimentos para o uso da metodologia, que pode ser utilizada por todos os docentes, ou apenas em uma disciplina. Ela é dividida em três etapas:
1ª etapa: Iniciação – é feita a escolha do tema, criando a problematização; criação e apresentação de toda a proposta até o método de avaliação; contextualização do tema com meio, envolvendo outras disciplinas; problematização, questionamento, estímulo para a busca das soluções sem haver certeza absoluta; aulas exploratórias, expositivas, diálogos e debates, apresentação de conteúdo;
2ª etapa: Pesquisa e Desenvolvimento – é feita a pesquisa pessoal, individual; produção individual em texto, expondo respostas e posicionando a opinião com crítica e criatividade; discussão coletiva e crítica, defendendo idéias, argumentando, abrindo oportunidade trocar conceitos e dados; produção coletiva, debatendo idéias até um comum acordo, chegar a um equilíbrio.
3ª etapa: Avaliação – a todo o momento avaliar a produção, conhecimento adquirido, conciliação das idéias individuais e do grupo; avaliação da produção final, da escolha do aluno ou não, com exposições, seminários, debates, teatros, vídeos, jornais, analisando o conteúdo; auto-avaliação, levantando impressões, sugestões, conceitos dos alunos em relação ao docente, e ao processo.
O ABP permite estabelecer projetos pedagógicos que envolvem o aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver. O aluno cresce como profissional, com valores formados, com um conhecimento verdadeiro e não superficial, tornando-se um cidadão significativo, produtivo e transformador, fazendo grande diferença em seu futuro.

Giovanna
Paula do Amaral
Fátima
Samara
Mary Ellen