quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estudo 3 Análise do Filme

Sociedade dos Poetas Mortos
Direção: Peter Weir
Duração: 129 minutos
Faixa etária – 12 anos
Com Robin Willians no papel do Professor John Keating (Oscar de Melhor Ator)
“Quando o carismático professor de inglês John Keating chega para lecionar num rígido colégio para rapazes, seus métodos de ensino pouco convencionais transformam a rotina do currículo tradicional e arcaico. Com humor e sabedoria, Keating inspira seus alunos a seguirem os próprios sonhos e a viverem vidas extraordinárias”. (sinopse do filme)
O filme destaca a tentativa do professor Keating em inspirar seus alunos a serem mais do que simples zumbis, de se atreverem a ir além de suas expectativas e de seus pais, de se lançarem em busca de sua própria vida. Uma das cenas traduz todo o contexto do filme:
- Quando o professor Keating sobe em sua mesa e diz:
“(...) Eu estou em pé na minha mesa para lembrá-los que devemos constantemente mudar nossa visão. O mundo é bem diferente daqui, vejam por si próprios. (...) Bem, quando você acha que sabe alguma coisa, você tem que olhar sob outro prisma. Apesar de parecer bobagem ou errado, tente. Quando você ler, não considere só a opinião do autor, considere o que você pensa. (...) Você deve encontrar sua própria voz. (...) Quanto mais você esperar para começar, menos chance tem de encontrar tudo. (...) A maioria dos homens vive vidas de desespero dormente. Não se resignem a isso. Fujam! Não caminhem ao abismo como zumbis. Olhem ao seu redor. Atrevam-se se destacar e encontrar novo solo. (...)
Vimos que apesar da estória ser passada nos anos 50, nos Estados Unidos, o contexto escolar é bem atual, pois hoje vemos que a maioria das escolas segue um modelo arcaico e tradicional, onde o aluno apenas apreende o que está no currículo de base de maneira decorativa e de forma não questionável. Aos alunos, na maioria, não é permitido ou incentivado que eles pensem, que pesquisem e descubram além, são podados e discriminados por não aceitarem as normas e regras pré-estabelecidas. Os que se negam à obediência cega são rotulados e recriminados. Aos professores que se atrevem de alguma forma a mudar a tradição, ou inovar em seu método particular de ensinar, são considerados revolucionários, causadores de problemas e rebelião entre os alunos. Hoje, assim como no filme, poucos são os jovens alunos que se atrevem a “subir nas carteiras” para olhar além, para buscar novos horizontes, para ganhar o mundo e descobrir a própria vida.
Márcia Cristina de Castro