quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estudo 3 Análise do Filme

“Ser e Ter” filme de Nicholas Philibert, mostra um método de ensino da França onde são ensinadas juntas crianças de 4 a 10 anos. Funciona muito bem pois tem 12 alunos na sala, já aqui no Brasil, principalmente em se tratando escolas publicas, já não daria muito certo com 40 alunos em uma sala.
Acho que só funciona pelo numero de alunos, desta forma fica mais fácil conseguir acompanhar a todos, claro a forma de trabalho também ajuda. No caso em questão esse professor passava uma atividade para os maiores e outra para os menores, acompanhando alternadamente, mas sem deixar que ficassem com um tempo vago. Ele também os trabalhava em grupo.
Gostei que ele realmente acompanhava o desenvolvimento deles, tinha uma conversa freqüente com os pais, e mantinha também um dialogo com os alunos sabendo de tudo q estava acontecendo com eles tentando ajudar. No entanto não foi tudo que me agradou, não gostei, por exemplo, de uma cena onde ele não deixa uma das crianças sair para o intervalo, pois não tinha terminado sua pintura, entendi que ele queria fazer o menino aprender a valorizar o trabalho, mas o garoto fazia a tarefa, só estava atrasado referente aos demais, talvez se estivesse atrapalhando ou sem trabalhar durante a atividade seria uma atitude prudente, acho que devemos respeitar o tempo de cada aluno, claro com certo profissionalismo, talvez uma assistência seria uma melhor solução do que tirar do menino intervalo, já que o caso não era desinteresse do aluno, gente criança precisa brincar não tem jeito, precisa eliminar energia...acho que não foi boa a idéia.
Outra cena que não gostei foi uma mãe que ajudava o filho a fazer os deveres, o garoto fazia deveres de matemática. Ao errar um dos problemas a mãe lhe deu um tapa, leve, mais um tapa, e depois de um tempo ela disse: “você vai resolver o problema ou será que vai querer apanhar”, não entendi se ela falou brincando, mesmo se assim fosse não achei correto, o menino tinha dificuldades, e essas não iriam acabar com uma surra. Inclusive este mesmo garoto durante o filme teve problemas com briga na escola, o episódio da matemática deve explicar suas atitudes.
Achei que da pra tirar muitas idéias do filme, em grande maioria boas, mas também algumas coisas a serem aperfeiçoadas.
“A cor do paraíso”, filme iraniano de Majid Majidi, narra o drama de Mohamed, um garoto com deficiência visual muito inteligente e com muita energia.
O garoto estudava em uma escola especial para cegos, mas só haviam meninos pelo que pude notar. Creio que os pais não gastassem tanto dinheiro com mulheres principalmente se elas possuíssem alguma deficiência, mas o menino em questão era o único filho homem desta família.
Apesar do pai quere esconde-lo, tinha perdido a mulher e queria se casar novamente (sendo este talvez um empecilho) a vó tinha uma ótima relação com a criança. Nas férias do menino ele vai pra casa com o pai a vó e suas duas irmãs, o menino é adorado por todos, mesmo com essa ignorância do pai.
Gostei do instrumento que eles usavam nas escola especial para escrever em braile, se tratava de uma prancha com quadrados que os meninos furavam para formar as letras.
O menino lê em braile tudo o que toca e escuta, a vó vai contando tudo ao menino sobre as coisas ao seu redor, descrevendo-as.
Outra cena muito interessante é quando o menino vai a escola normal, esta com meninos e meninas, todos quiseram se sentar ao seu lado, ele foi muito bem recebido e percebe-se que estava adiantado das demais crianças. O pai brigou com a avó pois ela deixara Mohamed ir a escola, alegando que ele seria isolado pelas outras crianças, e foi justamente o contrario.
O filme é muito bonito e muito triste, poderia fazer diversas observações sobre ele, mas creio que fiz as que mais me chamaram a atenção.

Livia Matos