sábado, 27 de outubro de 2007

Projeto de Ação Didática: Uma Técnica de Ensino para Inovar a Sala de Aula.


Projeto de Ação Didática: Uma Técnica de Ensino para Inovar a Sala de Aula.

Foram os educadores e psicólogos do século XX que trouxeram as novas concepções pedagógicas, as quais tinham como novo o fato de que a educação estava no ato de aprender, e não no de ensinar.
Era proposto que as atividades fossem além dos exercícios contidos nos livros, principalmente para instigar a motivação e o processo criativo de cada indivíduo. Para isso os educadores começaram a propor trabalhos manuais, expressão artística, jogos recreativos e excursões de pesquisa e de vivência.
A Escola Nova, como ficou conhecido esse movimento, disseminou os estudos e as concepções propostos por esses intelectuais do século XX.
Desde as pesquisas iniciais para o Método de Projeto, desenvolvidas por John Dewey e William Kilpatrick, já se passaram quase 100 anos.
Com algumas alterações, revisões e adequações ao decorrer das décadas, o Projeto de Ensino continua presente como método diferenciado e, aparentemente, bastante eficaz de ensino.
Voltado ao aluno como centro do processo educacional, baseia-se na apresentação de um problema, hipotético ou mesmo real, mas que tenha alguma relação com o aluno, que o desperte, o instigue a resolvê-lo.
Partindo desse ponto, os alunos definem um objetivo, buscam meios e respostas para assim atingir esse objetivo. O aluno busca o conhecimento.
A individualidade do aluno é relevante, da mesma forma e ao mesmo tempo em que aprende a trabalhar em equipe.
E, afinal de contas, qual o papel do educador e da escola nesse processo?
O educador e a instituição deixam de lado o caráter rígido, quase ditatorial. A escola, a sala de aula não é mais um cárcere, mas sim um local para o aprendizado, estimulante.
O professor interage com os alunos na forma de um coordenador de metas, como um conselheiro.
Para tanto, é necessário ao professor se adequar a esse sistema, planejar e refletir sobre as formas que vai abordar os temas e a aplicação dessa atividade de uma forma específica, tendo assim um melhor aproveitamento no resultado final.
Apresentação do resultado final da atividade é exposto a todos os indivíduos da sala, como uma troca de informações, de conhecimentos entre eles.
O professor faz uma avaliação constante do trabalho realizado, através do acompanhamento das metas traçadas e atingidas pelos alunos.
Uma dificuldade que pode vir a ser encontrada nesse processo é a interação de todos os indivíduos com o problema.
No decorrer das atividades podem surgir algumas situações que exigem maior atenção.
Alguns alunos podem sentir-se menos motivados com o tema proposto pelo professor e com os objetivos e metas definidos pelos colegas, prejudicando assim, o seu aprendizado através das pesquisas e o resultado final buscado pelo grupo.
Como proceder nessa situação? Partir de um policiamento dos próprios colegas e se necessário à intervenção do professor? Ou o professor trabalhar melhor a temática de alguma forma, tentando trazer esse/s alunos para o projeto?
Até que ponto a preparação e capacitação do professor influenciam o decorrer e a aplicação do projeto, colaborando ou não para seu sucesso?
E o papel da instituição nesse processo?
Sabemos, porém, que é fundamental que as iniciativas para a implementação efetiva desse tipo projeto partam não somente de professores, mas das instituições de ensino e do Estado, possibilitando e garantindo o acesso regular a qualquer aluno, independente de sua condição.

“Com este projeto de educação é dada em parte, autonomia aos alunos e a chance deles buscarem o conhecimento. Eles têm que receber uma informação "problema" e tentar achar uma solução ou a busca de resultados daquela informação.
Em minha opinião, o ponto negativo é que muitos alunos, principalmente quando estes trabalhos são aplicados em grupo, buscam e pesquisam, mas, outros se aproveitam e não buscam o resultado. Então, esta maneira de trabalho não é aplicada a todos.
Exp.: um professor passa o conteúdo das aulas, mas se cada um não for buscar mais informação acaba não resolvendo os problemas da matéria, pois o professor passa o mínimo de informação e os alunos que deveriam pesquisar o restante acabam não complementando a matéria.
Se o professor interfere no trabalho, ele deixa de ser coordenador a passa a ser ministrador do tema”.
(Wesley Ferraz)

“Do ponto de vista educacional, o professor precisa planejar e refletir muito sobre o projeto que irá aplicar em uma determinada classe, ele não deve somente seguir passo a passo um programa ao qual está acostumado "ver". É necessário que o professor, a cada novo "problema", se molde a ele, para que possa ter o melhor produto final possível”.
(Hector Allen Ishii)

“O projeto de ação, realmente, se apresenta bastante interessante e eficiente.
Tendo em vista que a maioria das instituições de ensino mantém seus padrões em uma forma hierárquica, professores x alunos, onde esses são bombardeados de informações que muitas vezes parece-lhes desnecessárias, sem sentido e sem função imediata ou futura, e acabam sentindo-se desmotivados, o método de projetos vem exatamente na contramão desse conceito, criando uma dinâmica maior, mais interativa tanto entre os alunos quanto com o professor.
Centrar o ensino no aluno abre uma diversidade de possibilidades para o desenvolvimento de projetos e o aproveitamento do conteúdo proposto.
Porém, para um real aproveitamento nesse processo, vários fatores devem ser levados em consideração, como a capacitação dos professores, visto que a exigência e a versatilidade serão muito mais necessárias em sala de aula.
Cabe ao educador uma reflexão sobre os meios de atrair e estimular a atenção e a criatividade dos alunos. O cuidado na escolha e abordagem do tema, ou questão-problema, é essencial para que os alunos sintam-se propensos a intervir na resolução do mesmo”.
(Tiago Teixeira de Magalhães)

“O método de projetos, faz com que os alunos busquem, estude, pesquisem aquilo que o professor pos como proposta, ajudando-os a terem certa independência, e maior interesse pelas matérias, tendo assim, uma fixação maior do conteúdo, juntamente com a exposição destes, após o término da pesquisa.
O professor então, deve sempre estimular os alunos, assim, não há o problema de chateações, ou insatisfação destes, por motivos de temas, não entendimento da matéria, enfim, com o professor estimulando, e coordenando, fica mais fácil do aluno mergulhar nos estudos e pesquisas.
É muito bom tal método, assim, o aluno cria certa autonomia, mas não esquecendo da relação aluno x professor”.
(Sara de Belo Melles)

“O projeto de ação didática se torna válido tanto para a formação do indivíduo em relação à sociedade e ao convívio com a mesma como para seu desenvolvimento intelectual.
Ao mesmo tempo parece utópica a realização do projeto, bem como o seu sucesso. É um processo que exige mais do professor; mais controle sobre os alunos e um maior improviso, tendo em vista que o programa se torna flexível na medida em que os conhecimentos vão sendo atingidos e gerando novos problemas.
Podemos tomar como exemplo os professores mal preparados que fizeram parte da nossa experiência como aluno do ensino fundamental ou médio, ou até mesmo do ensino superior, estes que na maioria das vezes até nos fogem da memória, pois muitas vezes nem percebíamos a sua presença em sala de aula e tudo virava uma bagunça. Certamente com este modelo de professor o projeto de ação didática não faria sucesso algum.
Para melhorar a qualidade do ensino no Brasil o projeto de ação didática teria que ser um grande sucesso, e para isso, os professores hão de ser preparados e essa preparação há de ser padronizada para que o projeto não seja apenas aplicado nas instituições privatizadas, mas para que o aluno provido de uma família não muito bem sucedida financeiramente, também possa se desenvolver como indivíduo e como possuidor de conhecimento suficiente para se adequar ao mundo contemporâneo”.
(Flávia de Andrade Tonelli)
Grupo deste seminário
Flávia Tonelli
Sara Belo
Tatiana Tedeschi
Tiago Teixeira
Hector Ishii
Pedro Marin
Sophia Coelho
Antônio Mastroroco
Wesley Ferraz

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